SANTA SARA NOS ABENÇÔE!

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sexta-feira, 16 de março de 2012

MANIFESTO QUE RECEBI , POR EMAIL...

ciganos-df

Este texto não exprime  minha opinião nem juízo sobre o tema abordado! É uma amostra do que se diz e se julga da problemática cigana no Brasil.Agradecemos o interesse e o trabalho exercido pela Prof.a Bernadete ,porém a etnia cigana (romani ) precisa não de caridade nem de comiseração,mas de justiça social!  (Cezarina Macedo). 
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A Toda Sociedade Brasileira.


Abaixo, manifesto nacional por melhoria da condição de um povo com o estigma doloroso de vidas - 800000 pessoas, 90% analfabetos, segundo o IBGE - relegadas ao abandono e à execração pública diária.


 Resolvemos apelar para a compaixão e a responsabilidade civil de todos os segmentos da sociedade, por puro cansaço de anos de tentativa inglória de amenizar a dor do despertencimento. Estamos enviando-lhes este manifesto de pedido de socorro imediato ao Povo Cigano, para que todos se sensibilizem e interfiram junto aos órgãos competentes, para incluí-los nas políticas públicas de saúde, educação, erradicação da miséria e de comportamentos preconceituosos que causam tanto sofrimento a esses seres à margem da vida.
Nós, voluntários do Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente, APAC, Casa de Passagem, e na cidade de Viçosa, Minas Gerais, além do Forum Mundial Social - Mineiro e diversas outras entidades requeremos as medidas emergenciais de inclusão destes brasileiros, que já nascem massacrados pelo fardo vitalício da dor do aviltamento e segregação atávica em nossa sociedade, desabrigados que são da prática do macroprincípio da dignidade da pessoa humana, telhado da Constituição.


Cliquem no link abaixo, no artigo da SEPPIR, que confirma a situação 
deles. 
                                                                                                              http://noticias.r7.com/brasil/noticias/falta-de-politicas-publicas-para-ciganos-e-desafio-para-o-governo-20110524.html


Se nosso país tornou-se referência em crescimento econômico, certamente conseguirá sê-lo também em compaixão e acolhimento dessa causa universal.
DE GENTE ESTRANHA,em caravana. Dolorosamente incômoda. Ciganos. Descobrimos, perplexos, que suas famílias são excluídas dos programas de bolsa-família, saúde, educação, profilaxia dentária, vacinas etc. Sua existência se torna mais dramática, pois não conseguem os benefícios do governo por não terem endereço fixo. Segundo o IBGE, são cerca de 800.000, 90% analfabetos. Há seis anos, resolvemos visitar um acampamento em Teixeiras, perto de Viçosa. E o que vimos foi estarrecedor: idosas, quase cegas, com catarata. Pais silenciosamente angustiados, esperando os filhos aprenderem a ler em curto espaço de tempo, até serem despejados da cidade. Levamos ao médico crianças que “tinham problema de cabeça”. E eram normais. Apenas sofriam um tipo diferente de bullyng, ignoradas, invisíveis que são. E descobrimos também que os homens, em sua maioria, jamais saem das barracas, onde ficam fazendo escambo, artesanato- e não entram em farmácias, supermercados, lojas, pois entendem que a sociedade incluída só não bate em mulheres e crianças. Vimos chefes de família com pressão altíssima e congelados pelo medo de deixarem os seus ao desamparo. Vida itinerante. Numa bolha, impermeável. Forasteiros no próprio país. Dor sem volta. Passamos a visitar todos acampamentos que encontramos. E a conviver com o drama de mulheres grávidas, anêmicas e sem enxoval. Crianças analfabetas aos dez, onze anos. E os que se aventuram a se fixar, a ter endereço fixo, são expulsos pela própria comunidade ou pelos donos do imóvel, quando os descobrem ciganos. Como exemplo, em 03/03/2012, D. Gislene Pereira, cadeirante há três anos, analfabeta, com marido e quatro filhos, é expulsa dos barracos pela quinta vez em seis meses, ao tentar ser sedentária para ser atendida no SUS e, assim, fazer cirurgia uma da cabeça do fêmur, vitima de atropelamento sem socorro. Como pessoas reféns do analfabetismo, execradas publicamente todos os dias de suas vidas, amordaçadas pelo preconceito e com filhos para alimentar conseguirão lutar por algo? Vide a Pirâmide de Maslow. Quem tem que gritar somos nós. Para eles não sobra tempo de aprender o ofício da libertação, já que são compulsoriamente nômades - sempre partem porque os donos dos terrenos ou algum prefeito pressionado expede a ordem de saída.A gente descobre, atordoada, que desde a primeira diáspora, quando passaram a viver à deriva, sempre expulsos, eles vivem numa cápsula do tempo. Conservam os mesmos hábitos daquela época, ou seja, sociedade patriarcal, vestuário, casamento prematuro, a prática de escambo e a mesma língua dos antepassados. Tudo isto PORQUE NÃO PARTICIPAM DAS TRANSFORMAÇÕES DA CIVILIZAÇÃO. Jamais tem acesso às benesses das pesquisas tecnológicas e científicas, aos programas governamentais de erradicação da miséria, às celebrações civis agregadoras ou sequer a proposta de ao menos um olhar de compaixão. E, então, “civilizados” que somos, cristãos ou não, que gritamos por nossos direitos, que votamos a favor ou contra, que existimos, continuaremos a dormir em paz? Agradecemos a todos que se sensibilizarem com a causa. 
                                                                                                                                    Profª.Bernadete Lage Rocha
l.bernadete@yahoo.com.br031-88853369Voluntariado:APAC - Viçosa-MGConselho Municipal dos Direitos da Criança e do AdolescenteConselho de Segurança Alimentar MULHERES PELA PAZ- PASTORAL NÔMADE

Um comentário:

zerafim - contos de um anjo disse...

Cezarina, Recebí esse manifesto, entretanto não acreditei que fosse da pastoral dos nômades. É desencontrato de tudo o que sabemos sobre essa questões. É exagerado.
Existem problemas sim e sérios, mas são pontuais, esses são dispersos e busca o drama.
As pessoas da pastoral costumam ser mais sérias e mais serenas.

um beijo

zerafim